“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará”. Sl 91:1
O Salmo 91 é um dos mais emblemáticos da bíblia. O mais lido. O mais memorizado. Encorajador. É usado muitas vezes em batalha espiritual. Na música. Até mesmo o diabo citou os versículos 11 e 12 para provar o Senhor Jesus. Também é considerado por alguns cristãos e não cristãos um amuleto da sorte. Algo que traz proteção. Segurança.
Certa vez, na universidade, perguntei ao meu professor de retórica se ele lia ou já leu a Bíblia, na lata ele respondeu: “Tenho o Salmo 91 no quadro pendurado na sala da minha casa. Protege minha casa”.
Precisamos ser sábio ao usar as escrituras para não sermos enganados pelas nossas próprias convicções. Não adianta muita informação na mente se no coração não tem revelação. O Salmo 91 é um exemplo de que o esconderijo é um lugar secreto. Se é secreto o diabo não sabe onde fica. Ele até “tenta” entrar, mas não consegue. Somente quem AMA o Senhor entra nesse lugar. Tem a certeza que Deus estará lá. Lugar de plena intimidade. Lugar onde nosso coração é quebrantado. Restaurado. Onde confessamos nossas fraquezas. Fortalecido. Lugar de oração. Descanso para alma.
O diabo não entra na presença de Deus porque ele não o ama. Ele não se arrepende. Então ele fica com inveja dos que entram. Espalha maldade para contaminar o coração das pessoas. Assim se essas pessoas derem ouvido a voz da maldade e não repreender o mal, acabam sendo cúmplices do acusador. Por fim não conseguem entrar no lugar secreto porque perderam o caminho que leva ao Pai. Ficam perambulando por aí. Vagando. Qualquer caminho que leva a “deus” serve.
Meu filho Joaquim tem 3 anos de idade. Quando o jogo para o alto, ele tem a plena certeza de que eu o segurarei em meus braços. Ele ama quando faço isso. Não há espaço para dúvida, medo ou preocupação. Por que ele tem essa segurança? Porque ele tem um pai em quem confia. Fazemos isso diversas vezes com amor. Ele se enche de alegria. É exatamente esse relacionamento que Deus quer ter conosco. Um ambiente de amor onde filho e pai alimentam juntos uma comunhão verdadeira.
Os discípulos de Jesus que seguem seus passos são ensinados a entrar na presença de Deus, como um filho que se entrega nos braços do pai para descansar, para amar e ser amado.
Robertt Marques
