O Significado de Dizimar e Ofertar
A prática de dizimar ou ofertar consiste em devolver a Deus uma parte do que já pertence a Ele. Mesmo o que permanece em nossas mãos continua sendo d’Ele, e devemos usá-lo de forma correta e responsável. Por exemplo, se você ganha mil reais por mês e decide ofertar cem reais, os novecentos reais restantes ainda pertencem a Deus. Tudo o que possuímos vem d’Ele e deve ser administrado com sabedoria.
Esse princípio de mordomia é essencial e deve ser compreendido antes mesmo de contribuirmos financeiramente. A Parábola dos Talentos (Mateus 25:14-30) ilustra a importância dessa responsabilidade, aplicando-se não apenas à administração financeira, mas a todas as áreas de nossas vidas.
Deus Confia Seus Bens aos Mordomos
Na parábola, Jesus ensina que Deus confia seus bens a nós, mordomos, e espera fidelidade na administração deles. Essa narrativa foi contada logo após a Parábola das Dez Virgens, para reforçar a importância de estarmos preparados e sermos fiéis no que Deus nos confiou.
O Que Deus Espera de Nós?
Deus deseja que usemos todas as oportunidades que Ele nos concede de forma produtiva e responsável. No caso do terceiro servo, mesmo tendo preservado o dinheiro, ele foi julgado infiel por não fazer nada de útil com o que recebeu.
A fidelidade vai além da honestidade. Deus espera que sejamos dedicados e aproveitemos as oportunidades que Ele nos dá. Mais do que lealdade, Ele requer que sigamos Seu propósito conforme revelado em Sua Palavra:
“Quem é fiel no mínimo também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo também é injusto no muito” (Lucas 16:10).
A Importância de Ser Fiel no Pouco
Muitas vezes, as pessoas dizem que fariam grandes coisas se tivessem mais recursos. Porém, fidelidade e responsabilidade começam no pouco. Um exemplo disso é a história de um homem que afirmava que, se tivesse dinheiro, construiria uma casa para alguém necessitado. Quando questionado se já havia oferecido uma cesta básica a alguém, sua resposta foi negativa.
Esse exemplo nos ensina que, se não somos fiéis no pouco, não seremos fiéis no muito. À medida que aprendemos a lidar bem com pequenas responsabilidades, Deus nos capacita para administrar maiores bênçãos.
Mordomia: Um Chamado Integral
A mordomia cristã não se limita à administração de bens financeiros. Ela abrange tudo o que Deus nos confia: recursos, dons, ministérios e oportunidades. A Bíblia nos instrui:
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pedro 4:10).
A maneira como administramos nossos bens terrenos reflete nossa fidelidade na administração dos bens espirituais. Assim, nossa relação com os recursos materiais é um termômetro de nossa mordomia espiritual.
Prestação de Contas
A mordomia envolve a administração temporária de bens que pertencem a Deus, e todos nós seremos chamados a prestar contas. Como ensina a parábola em Lucas 16:1-2:
“Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado de dissipar os seus bens. Então o senhor lhe disse: Presta contas da tua mordomia.”
Recompensas e Punições
A Bíblia é clara ao mostrar que uma boa mordomia será recompensada, enquanto uma má administração será punida. Como afirma Jesus na Parábola dos Talentos:
“Muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles” (Mateus 25:19).
Além disso, em Hebreus 4:13, lemos que nada está oculto aos olhos de Deus:
“Tudo está descoberto e exposto diante daquele a quem havemos de prestar contas.”
Conclusão
A prática do dízimo e a administração dos bens que Deus nos confia são atos de fidelidade e gratidão. Mais do que recursos materiais, Deus nos confia dons e ministérios para que sejam usados para o avanço do Reino.
Devemos viver como bons mordomos, conscientes de que tudo pertence a Deus e que, um dia, prestaremos contas. A fidelidade no pouco reflete nossa disposição de sermos fiéis no muito, cumprindo com excelência o propósito que Deus nos confiou.
“Porque d’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas” (Romanos 11:36).