Amor ao dinheiro (Série Mordomia Cristã – Parte 04)

Nessa quarta parte da nossa série sobre Mordomia Cristã, vamos abordar o assunto sobre o amor ao dinheiro.

O Pecado da Avareza

Mesmo uma pessoa sem dinheiro pode ser dominada pelo amor ao dinheiro. Embora esteja quebrada ou falida, ela pode buscar incessantemente as riquezas deste mundo, mas nada conseguir. Esse apego é o pecado da avareza, que caracteriza aqueles que se prendem ao dinheiro e às riquezas de forma desmedida.

A Bíblia alerta em 1 Timóteo 6:9-10:

“Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição. Pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.”


Ter Dinheiro Não é Pecado

É importante distinguir entre possuir dinheiro e amar o dinheiro. Ter recursos financeiros não é pecado, mas o amor ao dinheiro é. Um cristão pode possuir bens sem ser dominado por eles. O problema ocorre quando o dinheiro começa a controlar a pessoa.

O dinheiro, assim como uma ferramenta, deve ser usado com sabedoria para expandir o Reino de Deus. Contudo, muitos deixam que o dinheiro desperte sentimentos como felicidade, ansiedade ou preocupação, dependendo de sua presença ou ausência. Isso não deveria acontecer.

Jesus ensina claramente:

“Ninguém pode servir a dois senhores” (Mateus 6:24).

O dinheiro jamais deve ocupar o lugar de senhor na vida de um cristão. Ele deve ser um servo, útil para realizar o propósito de Deus.


O Perigo de Servir a Mamom

O termo “Mamom” é uma palavra aramaica que significa “riquezas” ou “bens terrenos”. Jesus advertiu que ninguém pode servir a Deus e a Mamom ao mesmo tempo. O dinheiro, quando idolatrado, transforma-se em um falso deus, competindo com o Senhorio de Deus em nossos corações.

Jesus também afirmou que Mamom não pode oferecer segurança verdadeira. Assim, a confiança excessiva nas riquezas pode levar à ilusão e ao vazio espiritual.


A Parábola do Rico Insensato

A parábola do rico insensato (Lucas 12:16-21) nos ensina que o problema não é possuir bens, mas a forma como lidamos com eles. O rico depositou sua fé na quantidade de bens que possuía, em vez de usar sua riqueza para servir ao próximo.

Jesus nos convida a descansar nos braços de um Pai amoroso. Esse convite não é apenas um mandamento, mas um princípio libertador. Quando nos concentramos excessivamente em nós mesmos e em nossos bens, violamos esse princípio. A verdadeira mordomia cristã consiste em administrar o que temos com gratidão e sabedoria, reconhecendo Deus como a fonte de tudo.


O Dinheiro Pode Sufocar a Vida

Na parábola do semeador (Mateus 13:7, 22), Jesus ensina que a relação errada com o dinheiro pode sufocar a vida espiritual. A semente que caiu entre os espinhos representa aqueles que deixam as preocupações com riquezas impedirem seu crescimento e frutificação.

Essa é uma advertência contra a forma errada de se relacionar com os bens materiais. Quando as riquezas dominam o coração, a vida espiritual é sufocada, e o cristão torna-se incapaz de produzir frutos para o Reino.


A Idolatria da Avareza

A avareza é descrita como uma forma de idolatria. Todo cristão excessivamente apegado aos bens materiais está, na prática, colocando um falso deus em sua vida. Essa idolatria é condenada pelas Escrituras, pois desvia o coração do verdadeiro Deus.

A Bíblia nos ensina que devemos buscar primeiro o Reino de Deus e sua justiça, confiando que todas as demais coisas nos serão acrescentadas (Mateus 6:33).


Conclusão

O amor ao dinheiro é um pecado que afasta o cristão de sua verdadeira missão e propósito. O dinheiro deve ser visto como um meio para servir a Deus e ao próximo, e não como um fim em si mesmo.

Jesus nos ensina a usar nossas posses com sabedoria, colocando Deus em primeiro lugar e confiando em Sua provisão. Ao rejeitarmos a avareza e a idolatria, podemos viver como bons mordomos, administrando os recursos com gratidão e fé.

“Onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mateus 6:21).

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