Depois de quase uma década de rumores, reescritas e promessas de que “isso definitivamente vai acontecer”, a tão aguardada sequência de A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, finalmente está a caminho da produção.
Segundo informações da Variety, o filme A Ressurreição de Cristo começará a ser rodado em agosto nos estúdios Cinecittà, em Roma — o mesmo local onde o longa original de 2004 foi filmado. Além disso, as gravações também ocorrerão na histórica cidade de Matera, no sul da Itália, bem como em outros cenários que remetem ao mundo antigo.
O elenco contará novamente com Jim Caviezel no papel de Jesus (rejuvenescido, naturalmente, já que o ator tem hoje 56 anos), além de Maia Morgenstern como Maria e Francesco De Vito como Pedro, conforme listado na IMDb. Mel Gibson retorna à direção e assina o roteiro ao lado de Randall Wallace, roteirista de Coração Valente. No entanto, se você pensa que a narrativa da ressurreição seguirá um caminho convencional, pode se surpreender.
Em uma recente entrevista a Joe Rogan, Gibson afirmou que o filme “não será uma narrativa linear”, chegando a descrevê-lo como “uma viagem psicodélica” — uma forma, no mínimo peculiar, de se referir ao evento mais importante da teologia cristã. A trama, ao que tudo indica, explorará diferentes períodos de tempo, incluindo passado e futuro, além de “outros reinos”. Há rumores de que a história incluirá uma jornada ao inferno e, possivelmente, um embate celestial. Intrigante, não?
Para contextualizar, A Paixão de Cristo surpreendeu Hollywood ao arrecadar impressionantes US$ 612 milhões globalmente, tornando-se o filme independente de maior bilheteria de todos os tempos. Antes da ascensão de The Chosen nos cinemas, a obra de Gibson era o grande evento cinematográfico das congregações, com igrejas inteiras alugando salas para exibições exclusivas.
Mas será que A Ressurreição terá o mesmo impacto, duas décadas depois? Difícil prever. No entanto, se a visão de Gibson seguir o caminho prometido, podemos esperar uma sequência intensa, polêmica e, sem dúvida, teologicamente provocadora nos cinemas em algum momento de 2026.