Paternidade Divina

O Clamor pela Paternidade

Vivemos em uma sociedade onde a ausência de paternidade tem deixado marcas profundas. A desestruturação familiar causada pela falta de responsabilidade de muitos homens na formação do caráter dos filhos é uma realidade crescente. Nesse contexto, surge um clamor pela paternidade que aponta para algo maior: a necessidade de entender Deus como Pai.

Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”. Jo 14:8

Deus como Pai: Uma Revelação Exclusiva de Jesus

Jesus veio ao mundo com a missão de revelar o coração de Deus como Pai. Diferentemente do Antigo Testamento, onde Deus era conhecido por seus atos de justiça, poder e provisão, Jesus trouxe a maior de todas as revelações: Deus é Pai.

Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós me conhecêsseis, também conheceríeis a meu Pai. De agora em diante o conheceis e o vistes. Jo 14:6-7

Por que essa revelação não aconteceu antes? Porque apenas Jesus, o Filho de Deus, tinha a autoridade e o conhecimento para revelar o Pai. Nenhum profeta, nem mesmo Moisés, Elias ou Isaías, teve acesso ao coração paternal de Deus como Jesus teve. Ele é o único caminho para conhecer os pensamentos e o amor do Pai.

Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Jo 14:9

Os Nomes de Deus no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, Deus se revelou ao povo por meio de vários nomes, cada um refletindo um aspecto de sua natureza:

  • Yahweh (Jeová): Significa “Eu Sou O Que Sou”, uma declaração de sua existência eterna e imutável. Esse nome foi revelado a Moisés na sarça ardente (Êxodo 3:14).
  • Jeová-Jiré: “O Senhor proverá” – dado em referência à provisão de Deus para o sacrifício de Abraão (Gênesis 22:14).
  • Jeová-Nissi: “O Senhor é minha bandeira” – proclamando a vitória divina sobre os amalequitas (Êxodo 17:15).
  • Jeová-Shalom: “O Senhor é paz” – usado por Gideão ao edificar um altar ao Senhor (Juízes 6:24).
  • Elohim: Representa Deus como Criador, Governador e Senhor supremo.
  • El-Shaddai: “O Todo-Poderoso” – destacando a plenitude e graça de Deus (Gênesis 17:1).

Esses nomes eram usados para expressar as experiências do povo hebreu com Deus e destacar diferentes aspectos de sua relação com a humanidade.

Jesus e a Revelação do Nome “Pai”

Embora os nomes do Antigo Testamento fossem importantes, Jesus trouxe um nome que superava todos os outros: Pai. Ele não apenas falou sobre Deus como Pai, mas se relacionou com Ele de forma íntima, chamando-o de “Aba”, um termo aramaico que significa “papai”.

No jardim do Getsêmani, Jesus orou: “Aba, Pai” (Marcos 14:36), mostrando total dependência e confiança no amor do Pai. O apóstolo Paulo reforça essa ideia, afirmando que todo cristão recebe um espírito de adoção que clama “Aba, Pai” (Romanos 8:15).

A Nova Identidade: Filhos do Pai Celestial

Ser chamado filho de Deus é um privilégio extraordinário. Por meio de Jesus, podemos nos aproximar de Deus como um Pai amoroso e cuidadoso. Esse relacionamento transforma nossas vidas e redefine nossa identidade.

O mundo pode continuar clamando por paternidade, mas a resposta já foi dada em Jesus. Ele nos mostrou que Deus não é apenas o Criador ou o Governador do universo, mas também um Pai que ama profundamente cada um de seus filhos. Nosso coração pode, agora, clamar com confiança: “Aba, Pai”.

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preparando o caminho

AÇÕES

Cultura do Reino - Copyright ® 2025 - Todos os direitos reservados - CNPJ: 44.232.419/0001-44

Políticas de Privacidade